Bioquímica Nutricional 25 de novembro de 2025

Magnésio: A Ciência da Absorção e o Fim da Deficiência Silenciosa

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Por Dr. Lucas M. - Pesquisador Biomédico

Colaborador Nuture

Magnésio: A Ciência da Absorção e o Fim da Deficiência Silenciosa

A Crise do Solo e a Deficiência Subclínica

O magnésio é o quarto mineral mais abundante no corpo humano e atua como cofator em mais de 300 reações enzimáticas, incluindo a síntese de proteínas, controle da glicose no sangue e regulação da pressão arterial. No entanto, vivemos uma “epidemia silenciosa”. Devido às práticas modernas de agricultura intensiva, o solo tem sofrido uma depleção sistemática de minerais. Um estudo comparativo mostrou que o teor de magnésio em vegetais caiu cerca de 25-80% nos últimos 50 anos.

O resultado é uma população cronicamente deficiente, apresentando sintomas inespecíficos como fadiga, irritabilidade, cãibras e insônia, que muitas vezes não são detectados em exames de sangue padrão (já que apenas 1% do magnésio corporal está no soro sanguíneo).

A Farmacocinética das Diferentes Formas de Magnésio

A suplementação oral enfrenta um obstáculo principal: a biodisponibilidade. O magnésio inorgânico (como o óxido) reage com o ácido clorídrico estomacal, transformando-se em cloreto de magnésio e água, mas com uma taxa de absorção final baixíssima (cerca de 4%), frequentemente causando diarreia osmótica.

Para contornar isso, a ciência nutricional avançada utiliza a quelação: ligar o íon de magnésio a uma molécula orgânica (aminoácido ou ácido orgânico) para facilitar o transporte através da barreira intestinal.

1. Magnésio Bisglicinato: A Via da Glicina

Nesta forma, o magnésio é quelado a duas moléculas de glicina. Como a glicina é um aminoácido inibitório no sistema nervoso central (atuando em receptores NMDA), esta forma possui uma sinergia única.

  • Mecanismo: A absorção ocorre via dipeptídeos, evitando a competição com outros minerais nos canais iônicos.
  • Aplicação Clínica: Padrão-ouro para redução de ansiedade, melhora da arquitetura do sono e tratamento de dores neuropáticas, devido à sua capacidade superior de atravessar a barreira hematoencefálica.

2. Magnésio Dimagnésio Malato: O Ciclo de Krebs

O ácido málico é um intermediário vital no Ciclo de Krebs (ou Ciclo do Ácido Cítrico), a via metabólica central para a produção de ATP (adenosina trifosfato) nas mitocôndrias.

  • Mecanismo: Ao fornecer malato junto com magnésio, otimiza-se a respiração celular. O malato facilita a entrada do magnésio na mitocôndria.
  • Aplicação Clínica: Estudos indicam eficácia superior no tratamento de fibromialgia e fadiga crônica, pois atua diretamente na “fome energética” do tecido muscular.

3. Magnésio Taurato: Cardioproteção e Estabilidade

A taurina não é utilizada para síntese proteica, mas é o aminoácido livre mais abundante no coração, retina e cérebro.

  • Mecanismo: A taurina modula o fluxo de cálcio dentro e fora das células (homeostase do cálcio), prevenindo a excitotoxicidade (morte celular por excesso de estímulo).
  • Aplicação Clínica: Pesquisas sugerem que o taurato de magnésio é a forma mais eficaz para arritmias, hipertensão e proteção vascular, além de possuir ação antioxidante direta.

Conclusão: A Importância do “Blend”

A biologia humana é complexa e as demandas teciduais variam. Enquanto o cérebro pode demandar mais bisglicinato para regulação de neurotransmissores, o músculo cardíaco e esquelético se beneficia mais do taurato e malato. Uma estratégia de suplementação inteligente não foca apenas na “dose diária recomendada” (RDA), mas na entrega diversificada de vetores de absorção para cobrir todo o espectro fisiológico.

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Referências Bibliográficas

  1. Cazzola, R., et al. (2020). Going to the roots of reduced magnesium dietary intake: A tradeoff between climate changes and sources. Heliyon.
  2. Firoz, M., & Graber, M. (2001). Bioavailability of US commercial magnesium preparations. Magnesium Research.
  3. Shrivastava, P., et al. (2018). Magnesium taurate attenuates progression of hypertension and cardiotoxicity in DOCA-salt hypertensive rats. Molecular and Cellular Biochemistry.
  4. Abraham, G. E., & Flechas, J. D. (1992). Management of Fibromyalgia: Rationale for the Use of Magnesium and Malic Acid. Journal of Nutritional Medicine.
  5. Schuette, S. A., et al. (1994). Bioavailability of magnesium diglycinate vs magnesium oxide in patients with ileal resection. Journal of Parenteral and Enteral Nutrition.

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